alternative alternative energy close up electricity
Photo by Pixabay on Pexels.com

Coal

The recent tragedy in a coal mine in Turkey, causing the death of more than 300 workers, put – one more time – the problems associated with the mining activity under the spotlight.

Large scale energy generation will always be inevitably linked to social and environmental impacts. Even the so-called “cleaner” power production, like the hydropower, takes its toll over adjacent communities and the overall ecosystem. A few alternatives of energy generation, like coal, are so detrimental that it deserves our deepest concern and consternation. The problem, however, is that the current insatiable appetite for energy doesn’t leave much room for improvement.

Among all the fossil fuels, coal is – by far – the dirtiest and – by all means – the cheapest. The planet burns eight billion tons of this resource a year and 40 percent of the world’s electricity comes from it.

Coal is responsible for 39 to 44 percent of the global CO2 emissions (in 2012, the world emitted 34.5 billion metric tons of carbon dioxide from fossil fuels). The most worrisome information, though, is that the world coal consumption keeps stubbornly moving up, mostly in emerging industrialized countries, such as India and China. China alone increased its consumption from 1.5 billion tons in 2000 to 3.8 billion tons in 2011.

Coal business causes enormous negative externalities, but no one pays the monetary price for that: neither consumers, nor emitters. The intangible price, however, is borne by the planet as a whole. Thousands of people die a year in coal mines and various more perish due to polluted air. Only in China, it is reported that the filthy air is linked to 1.2 million deaths a year.

Mitigation alternatives, such as carbon capture and storage (literally injecting it underground under conditions that deter leaks), can be such a complex and costly process that no one expects it to be mandatory unless it becomes financially viable.

Another serious issue is that work conditions on any regular underground mine are extremely unsound and insalubrious per se. To make things worse, there are several mines around the world that are not even regulated by local governments, subjecting workers to all sorts of irregularities, including child labor, which causes profound distress if we consider that work in such mines may diminish one’s life expectancy. The ordinary work ambience in the underground is confined, arduous, highly flammable and after a few years of exposure, workers are commonly affected by a disease called pneumoconiosis, which derives from the inhalation of poisonous gases and dust, that can be lethal.

Knowledge, technology and resources that could help making the power generation business cleaner and safer abound. The only thing missing seems to be good will to make them financially viable. Considering that the consequences of persisting on the bad practices are global, it seems reasonable to address the problem in a collective/global standpoint. The planet would appreciate it.

Sources:

– National Geographic Magazine, April 2014

– A Segurança em Minas de Carvão Agindo na Prevenção da Pneumoconiose – Região Carbonífera de Santa Catarina http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000028/000028C9.pdf

————————————

Carvão

A tragédia em uma mina da Turquia, que causou a morte de mais de 300 trabalhadores recentemente, colocou – mais uma vez – os problemas associados a atividade de mineração sob perspectiva.

A produção de energia em larga escala sempre estará inevitavelmente ligada a impactos sociais e ambientais. Até mesmo a famigerada “energia limpa”, como a hidrelétrica, cobra seu preço das comunidades circunvizinhas e do ecossistema de uma maneira geral. Algumas alternativas de geração de energia, como a do carvão, são tão danosas que merecem nossa atenção e consternação profundas. O problema, porém, é que o apetite insaciável por energia dos últimos tempos não contribui para a mudança de cenário.

Entre todos os combustíveis fósseis, o carvão é – de longe – o mais sujo e indiscutivelmente o mais barato. O Planeta queima anualmente 8 bilhões de toneladas deste recurso, que gera 40% da eletricidade mundial.

O carvão é responsável por 39% a 44% das emissões globais de CO2 (em 2012, o mundo emitiu 34,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono derivados de combustíveis fósseis. O mais preocupante é que o consumo continua crescendo, em especial nos países industrializados, como a China e a Índia. Somente na China, seu consumo saiu de 1,5 bilhões de toneladas em 2000 para 3,8 bilhões em 2011.

O negócio do carvão causa enormes externalidade negativas, mas ninguém está pagando o preço monetário atrelado a ele: nem o consumidor, nem o emissor. O preço intangível, entretanto, é bancado pelo planeta como um todo. Milhares de pessoas morrem todos os anos em minas de carvão e várias outras perecem devido à poluição atmosférica. A China registra que a morte de 1,2 milhão de pessoas ao ano está associada às condições do ar local.

Alternativas de mitigação, como por exemplo a captura e armazenamento de carvão (literalmente injetá-lo no subsolo em condições tais que seja contido seu vazamento) pode ser um processo tão complexo e custoso que não se espera que ele se torne obrigatório a menos que se torne viável financeiramente.

Outro problema sério é que as condições de qualquer mina de carvão subterrânea são naturalmente periculosas e insalubres. Para piorar a situação, existem inúmeras minas ao redor do mundo que não estão regulamentadas, sujeitando os trabalhadores a todos os tipos de irregularidades, incluindo trabalho infantil, o que causa profunda angústia considerando-se que o trabalho neste tipo de mina pode diminuir a expectativa de vida. O modelo comum destes ambientes é confinado, árduo, altamente inflamável e após alguns anos de exposição, os trabalhadores são comumente diagnosticados com pneumoconiose, que é causada pela inalação constante de gases e pó venenosos e que pode ser letal.

Conhecimento, tecnologia e recursos que poderiam ajudar a transformar o negócio de geração de energia em opções mais limpas, são abundantes. O que falta é boa vontade para viabilizar isto financeiramente. Se considerarmos que as consequências da persistência nos modelos de negócios “sujos” são globais, parece razoável abordar o problema de uma maneira coletiva e global. O planeta agradeceria.

Fontes:

– National Geographic Magazine, April 2014

– A Segurança em Minas de Carvão Agindo na Prevenção da Pneumoconiose – Região Carbonífera de Santa Catarina http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000028/000028C9.pdf